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Métodos – Tratamento Cirúrgico

Com a possibilidade das cirurgias para auxiliar no tratamento da obesidade na década de 80, o progresso se instaurou e trouxe novas técnicas mais seguras e de rápida recuperação. E a incessante procura por essa alternativa não é apenas para encaixar-se nos padrões de beleza estabelecidos atualmente, mas, principalmente, a busca por qualidade de vida.

Porém, para que todo o procedimento seja bem sucedido, antes da cirurgia, o paciente passa por uma série de exames. Depois, é obrigatório, durante o primeiro mês, que suas refeições sejam à base de líquidos. Mais tarde, a dieta contemplará alimentos pastosos. Em aproximadamente 90 dias, o paciente estará comendo quase tudo, mas vagarosamente e acompanhado da prática de exercícios.

A cirurgia bariátrica e metabólica – também conhecida como cirurgia da obesidade ou popularmente redução de estômago – reúne técnicas com respaldo científico, destinadas ao tratamento da obesidade e das doenças associadas ao excesso de gordura corporal ou agravadas por ele.

O conceito “metabólico” foi incorporado há cerca de seis anos pela importância que a cirurgia adquiriu no tratamento de doenças causadas, agravadas ou quando o tratamento e o controle são dificultados pelo excesso de peso ou facilitados pela perda de peso – como o diabetes e a hipertensão –, que também chamadas de comorbidades.

Na atualidade, o tratamento cirúrgico é um método capaz de resultar em perda de peso efetiva e prolongada para a maior parte dos pacientes, reduzindo os riscos de complicações e morte em função de doenças associadas à obesidade mórbida.

Com o objetivo de orientar e proteger os pacientes interessados na operação bariátrica, o Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou as indicações e os tipos de procedimentos cirúrgicos que podem ser utilizados no Brasil para tratar os pacientes com obesidade mórbida (Resolução n° 1.942/2010 www.portalmedico.org.br).

A norma estabelece que só poderão ser submetidos ao tratamento cirúrgico da obesidade somente os pacientes que preencherem aos seguintes critérios:

  • IMC maior ou igual a 40;
  • Pacientes com IMC acima de 35 que apresentam doenças associadas à obesidade que ameaçam a vida, como diabetes mellitus, apneia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, doença das artérias do coração, doenças das articulações, entre outras;
  • Devem ter sido submetidos a tratamento clínico com resultado insatisfatório, por pelo menos dois anos.

O principal objetivo da cirurgia bariátrica é ajudar o paciente a perder peso, de modo que ele tenha uma boa qualidade de vida e uma redução significativa no risco de morte, de doenças e de outras complicações. Sendo assim, o tratamento cirúrgico é uma alternativa para o controle efetivo da ingestão de alimentos, o favorecimento da saciedade e a redução do apetite, permitindo uma dieta controlada por toda a vida, modificando o perfil metabólico e agindo sobre a síntese de vários hormônios.

É de suma importância que o paciente e seus familiares compreendam os riscos e as mudanças de hábitos inerentes a uma operação como essa, assim como o entendimento da necessidade de acompanhamento pós-operatório por toda a vida junto a uma equipe de profissionais multidisciplinar, evitando, assim, que os pacientes não tenham transtornos psicológicos ou doença psiquiátrica ativa.

A decisão de realizar uma operação para tratar a obesidade mórbida é difícil e só pode ser tomada após uma reflexão demorada, que deve passar por conversas com familiares e consultas ao seu médico de confiança e a uma equipe multidisciplinar. É importante que o paciente entenda que a cirurgia é uma ferramenta que é oferecida ao paciente, mas o resultado depende, em grande parte de seu esforço, do abandono de velhos hábitos, de seguir uma dieta saudável e de um bom acompanhamento psicológico. A maioria dos pacientes perde entre 50 e 70% do excesso de peso após a cirurgia. Essa perda é especialmente acentuada nos primeiros meses e depois se torna mais gradativa, de modo que, em aproximadamente 18 meses, você já irá atingir o seu menor peso. Quando o peso é estabilizado, já se inicia a fase de manutenção, em que o objetivo passa a ser manter o controle.

Atualmente, todas as cirurgias bariátricas podem ser realizadas por meio de cirurgia videolaparoscópica. Ela é minimamente invasiva e aplicável a todas as técnicas cirúrgicas, e é uma das maiores evoluções tecnológicas da cirurgia. A taxa de mortalidade média pela técnica laparoscópica é de 0,23%. No tratamento da obesidade, as cirurgias laparoscópicas se diferenciam da convencional (aberta ou por laparotomia) em função do acesso utilizado. A cirurgia é basicamente a mesma, tanto na via convencional quanto na via laparoscópica, mas no procedimento pela via laparoscópica a operação é feita com cinco a sete pequenas incisões (de 0,5 a 3 centímetros cada), por onde passam os instrumentos cirúrgicos, os grampeadores e a câmera de vídeo. O grampeador cirúrgico nada mais é do que uma máquina que faz o corte e a sutura do estômago ou do intestino de forma rápida e segura. A via convencional pode ser indicada em algumas circunstâncias.

“Embora eficaz na maioria dos casos, a operação não é suficiente sem a colaboração do paciente. Mesmo com a capacidade do estômago reduzida, a pessoa operada terá que fazer uma reeducação alimentar e praticar exercícios físicos. Além disso, há necessidade de acompanhamento médico por um longo período. A orientação nutricional também faz parte do pós-operatório. Por isso, é importante que tanto o paciente como sua família estejam conscientes para que o tratamento seja bem-sucedido”, explica Dr. Roberto Cabezas.

Técnica Restritiva - ByPass

É conhecida como cirurgia de Fobi-Capella, grampeamento gástrico ou Gastroplastia Redutora, e é a técnica bariátrica mais praticada no Brasil, o que se deve tanto à sua segurança como à sua eficácia.

Nesse procedimento, é feito o grampeamento de parte do estômago (o que reduz o espaço disponível para o alimento de 2000 ml para em torno de 50 ml), assim como um desvio da parte inicial do intestino delgado (o que reduz a ingestão e a absorção dos alimentos, causando uma saciedade mais precoce e promovendo uma alteração hormonal, que diminui a fome e causa outras modificações no perfil metabólico dos pacientes). Essa somatória de mecanismos é o que leva ao emagrecimento e contribui para o controle do diabetes e outras doenças, como a hipertensão arterial, esteatose hepática (gordura no fígado) e apneia do sono. Os pacientes submetidos a esse tipo de cirurgia costumam perder de 35% a 45% de seu peso inicial.

Com o uso de um grampeador cirúrgico, o estômago é dividido em dois segmentos: um de porção menor que servirá de “novo estômago” e outro maior que será excluído da passagem dos alimentos. Além da criação desse novo e pequeno reservatório gástrico, realiza-se um desvio da parte intestinal para que nem todo o alimento ingerido seja absorvido.

 

Técnica Restritiva - Sleeve

Também conhecida como gastrectomia tubular ou cirurgia da manga gástrica, é um método cirúrgico para tratamento da obesidade, realizado por videolaparoscopia, sob anestesia geral, que atualmente tem ganhado muitos adeptos entre médicos e pacientes por ser uma cirurgia menos radical que as cirurgias bariátricas consagradas e que pode oferecer ótimos resultados em termos de perda de peso.

Atualmente, é a técnica mais realizada nos Estados Unidos e a segunda no mundo. Nesse procedimento, cerca de 80% do estômago é removido, diminuindo a capacidade para em torno de 150 mililitros, sem alterar o processo digestivo, pois o resto do estômago é grampeado, em forma de tubo, que vai do esôfago ao duodeno. No estômago removido, é retirado a produção de um dos hormônios responsáveis pelo controle do apetite, que é a grelina. Dessa forma, o apetite é reduzido. Ou seja, o paciente vai sentir menos forme, comer menos, mas absorver os nutrientes normalmente.

Em média, os pacientes perdem até 40% de peso total com essa cirurgia. Embora esses valores sejam variados, dependendo também de adesão do paciente ao tratamento multidisciplinar, além de dieta, ritmo de atividade física, controle de ansiedade e compulsões.

 

Roberto Guimarães Cabezas Andrade - Doctoralia.com.br